Depoimento

Navegando pela web, como você está fazendo agora, me encontrei comigo mesmo ao me deparar com o perfil da Lina Prem. Além das informações que traziam segurança e credibilidade, havia algo ali que me encorajava a seguir mesmo sem saber aonde chegaria. Logo na primeira sessão, entendi que toda a delicadeza e potência daquele conhecimento milenar são anteriores à palavra, mas que não prescindem dela. Integração é a palavra. Ouvir antes de falar. Acolher e aceitar. Carregava os medos e as dores de quem confundia casamento com sacrifício e lealdade com privação. Na impossibilidade de ouvir o corpo, a gritaria da mente deixa a gente doente. E fez se o silêncio. O olhar e as mãos se entrelaçaram, fechando o circuito em que cada lado só pode dar aquilo que carrega na alma. Senti na pele e no fundo do peito que cada um é dono da própria satisfação. Temos o poder pessoal para escolher se a luz que nos dá a vida vai se expandir e reverberar no corpo celeste ou se vai ser abafada, intoxicando o corpo físico. Foi pelas mãos da Lina, mas foi por mim mesmo. Seja nas conversas, seja na massagem, recebi com gratidão todos os toques de uma supercondutora dessa energia que está em cada um de nós e que une a todos. Já vinha de uma busca de três décadas de diversas terapias e de quase 25 anos de casamento. Descobri no tantra a profundidade das sutilezas e uma sabedoria atemporal, e só confirmei uma impressão anterior sobre métodos e terapias. A meu ver, só existem dois tipos de terapeutas, os bons e os maus. A Lina é uma terapeuta vocacionada, tem o dom e o empenho de quem estuda muito para orientar, compartilhar conhecimento e nos conectar com o que temos de melhor. Não é professoral nem impositiva e tampouco conserva um distanciamento hierárquico que geralmente transformar as terapias em relação de autoridade e/ou dependência. Próxima, acessível, mostra sua face mais humana e assim reafirma sua legitimidade para conduzir todo o processo. Depois da terapia, a ressignificação da energia vital deu novo sentido também ao meu casamento. No lugar da acomodação naquela zona de desconforto (sofá, tv, café, carboidrato), surgiu um espaço em expansão para a coexistência, preservando o amor e a construção da família, que são para sempre, e permitindo a nossa abertura para os instantes que nos eternizam. Sem vencedores e vencidos, algozes e vítimas. Sem contabilidade, tempo e placar. Sou muito ligado em esporte e, curiosamente, minha primeira sessão foi horas antes da semifinal da última Copa do Mundo, entre Croácia e Inglaterra. Antes de entrar na terapia já mapeei a área procurando um lugar para ver o jogo. Depois do atendimento e do entendimento do que havia se passado na sessão, saí vagando pelo bairro, alheio à movimentação. Qual era o sentido daqueles 22 homens correndo atrás da bola? Assim como a vida busca a beleza, a flor procura o sol e o animal quer água limpa, eu buscava o mar e o horizonte para projetar no mundo exterior o espaço que havia sido aberto em mim. Uma janela de sol e de céu no coração, pela qual a luz da vida se refrata em todas as cores. Com a brisa no rosto, diante do vai e vem das ondas e dos barcos, voltei ao ponto em que estava na web até encontrar a Lina. Tem um movimento de navegação nessa busca pelo infinito que existe em nós. Cheguei com o barquinho avariado e a Lina me pôs no mar novamente. Hoje, posso vê-la como uma marinheira, que precisa ter a sensibilidade para lidar com a natureza e a convicção do estudo e do planejamento. Mãos leves para não interferir quando o vento está a favor, mas firmes o suficiente para soltar os cabos e amarras e cambar as velas sem se atemorizar pelas tormentas nem se iludir com a ilusão da calmaria permanente. É preciso seguir navegando. Fico feliz que você tenha chegado até aqui e que esteja pronto para embarcar. Que seja o início da nova era, de mais empatia, verdade e respeito.