Depoimento
"- Eu vou mesmo fazer isso?”,“- Eu devo estar ficando louca.”, “- O que vai acontecer?”, “- Será que dói?”
Estes foram alguns dos meus pensamentos enquanto me encaminhava para minha primeira sessão de massagem tântrica. Nunca na vida havia passado pela minha cabeça fazer uma terapia que envolvesse meu corpo e minha sexualidade. Porém, depois de terminar um relacionamento abusivo, desenvolvi bloqueios em relação ao meu corpo e a minha sexualidade. Depois de uma conversa com a minha terapeuta sobre meus traumas e falando da importância de conhecermos o nosso próprio corpo, comecei a pesquisar outros tipos de terapias. O fundamento da massagem tântrica é na capacidade de influenciar nossos estados emocionais por meio de um trabalho com o corpo. Resolvi experimentar!
Confesso que cheguei assustada e envergonhada. Assim que entrei me encolhi em um sofá, a ansiedade se intensificou. A iminência de ficar nua na frente de um terapeuta deixou minha mente agitada. Mas o Gajanam foi super gentil e logo me tranquilizou. “- Vamos conversar um pouco!”, ele falou. Foi um papo tranquilo sobre minhas experiências sexuais, meus traumas e minhas dúvidas sobre a massagem e meus limites. Explicou que na massagem tântrica, o objetivo é fazer fluir a energia vital, os nossos centros de consciência, os chacras. A técnica ajuda de forma mais ampla, a lidar com o seu prazer e as suas sensações.
Depois desta conversa e de responder um questionário, fui encaminhada para o quarto da “dita massagem”... Segui com um embrulho no estômago e o coração na mão. Ao entrar, me deparei com um quarto super tranquilo, o ambiente era de luminosidade baixa, uma música suave tocava no notebook, no chão havia uma espécie de tatame, onde é realizada a massagem. O ar estava ligado em uma temperatura agradável. Ele passou as orientações e saiu para eu me preparar. Assim que fiquei sozinha bateu um nervosismo, comecei a tirar minha roupa, lembrando novamente que estaria sem elas na hora da massagem. Quando ele retornou eu já estava deitada, ele pediu para que eu fechasse os olhos e observasse minha respiração. “- Se concentre no seu corpo, e não nas minhas mãos!’, disse. Tive um pouco de dificuldade para relaxar no primeiro contato. Lentamente comecei a relaxar ao sentir suas mãos tocarem suavemente todo o meu corpo. A sensação era a de uma pena passando pela pele várias e várias vezes, provocando arrepios e tremores inexplicáveis que ele executava com a ponta dos dedos, quase sem encostar, o objetivo é o de despertar a bioenergia do corpo. O meu medo foi embora e deu lugar a uma sensação de transe, como se eu não estivesse mais em uma sala de massagem tântrica, mas em um lugar só meu. Difícil descrever as sensações. Em alguns momento ele pedia se eu estava confortável, confesso que quase mandei ele calar a boca...kkkkk
Ouvi quando ele pegou um objeto, eu já sabia através da nossa conversa anterior que seria um vibratório pequeno para estimular meu clitóris. Por não saber exatamente como seria, eu me assustei quando ele entrou em contato com a minha pele. ‘- Relaxa e deixa o seu corpo te mostrar o que ele pode fazer!’, disse ao reparar meu receio. De forma intensa e contínua, experimentei sensações fortes de prazer, agonia, e excitação extrema. A música, que antes era calma, agora era mais rápida, com batidas mais fortes. Nunca tinha sentido nada parecido em toda a minha vida, e me pergunto se sentirei novamente fora do tantra. Após cerca de uma hora, ele parou e me deixou deitada, sentindo todas as sensações do meu corpo. Espasmos de prazer corriam pela minha pele. Alguns minutos depois que fui tirar o óleo do corpo e me vestir.
A experiência foi maravilhosa. Passei a valorizar ainda mais o autoconhecimento e saber mais do meu corpo. Acho que todas as pessoas deveriam, um dia, fazer uma massagem tântrica, para se despir dos preconceitos e aprender um pouco mais sobre si mesmo.
Se tiverem a oportunidade, conheçam. Não é masturbação. Não é sexual. É um toque de cura e amorosidade, que desperta a sua energia corporal. E olha, você descobre que tem energia pra caramba, viu? Kkkkkk
Susete