Depoimento

O tantra surgiu na minha vida como uma curiosidade, uma forma de explorar o meu prazer, uma tentativa de obter orgasmos pelo canal vaginal, algo que achava que não ocorria e que precisaria de algo extraordinário para acontecer. Mas na minha primeira sessão, vi que não se tratava única e exclusivamente de explorar minha vulva. Na minha primeira sessão, a Leila perguntou sobre a minha história, sobre as minhas razões de estar ali, sobre a minha relação com a minha sexualidade e se eu tinha algo importante para contá-la antes da massagem. Todo esse diálogo me deixou segura, todo esse diálogo já me levou a crer que não se tratava de uma massagem que me traria orgasmos e logo depois eu retomaria minha rotina como se nada tivesse acontecido. Na nossa conversa, ela explicou detalhadamente o que faria comigo e, a partir daí, dei permissão para que ela tocasse o meu corpo, sem saber que ela também tocaria meus sentimentos, minhas memórias, minha autoestima, meu feminino. No fim da massagem, houve mais uma conversa em que a Leila quis saber como me senti, me deu sugestões de como eu poderia expandir meu prazer e explicou a importância de continuar o processo para compreender melhor o meu corpo e a minha relação com a minha sexualidade. Outras sessões vieram e com elas o mesmo acolhimento e zelo. Em cada encontro a mesma preocupação em saber como eu estava e os meus objetivos com a massagem. Por intermédio dela, procurei a meditação, o pompoarismo e consequentemente o apoio de outras mulheres que, assim como eu, também queria expandir o prazer e, principalmente, o autoconhecimento. Minha trajetória está só começando, mas hoje posso dizer que já tenho outra relação com meu corpo, com minha autoimagem, com meu prazer e com o feminino. Obrigada, Leila, por fazer parte dessa evolução.