A timidez

Como a Terapêutica NeoTantrica pode ajudar?

A timidez

publicado por Deva Nishok


Segundo Bernardo Carducci (Shyness: The New Solution, in “Psychology Today”, Janeiro de 2000), 75% das pessoas apresentam condutas tímidas diante de estranhos. Isso quer dizer que três entre quatro pessoas têm dificuldade para se relacionar plena e objetivamente na sociedade. Portanto, os tímidos não são exceção no quadro geral, ao contrário, eles compõem a grande maioria da humanidade.

A timidez, sob o ponto de vista clínico, não é considerada uma doença, embora, em nível acentuado, possa trazer algumas complicações de ordem psicossomática. Na prática, os maiores problemas entre os tímidos, são de ordem social.  A timidez é, basicamente, um “problema de comunicação”, e é a partir desta visão – muito mais fácil de ser entendida e trabalhada – que é possível “corrigir a timidez”.

Grande parte das dificuldades nos relacionamentos humanos decorre de “falhas de aprendizagem”; a pessoa reage com timidez porque não aprendeu corretamente a se relacionar com a sociedade.

Essa “aprendizagem falha” faz com que a pessoa formule e/ou admita preconceitos que acabam se transformando em crenças, que acabam por interferir diretamente no processo decisório do indivíduo, levando-o a optar pela fuga, ausência, silêncio ou submissão quando precisa decidir ou se comunicar.

É perfeitamente possível “consertar” essas “falhas de aprendizagem” através de um grupo de apoio que nos dê o suporte e a confiança que precisamos para um novo sistema de aprendizagem.

O medo, a ansiedade e o preconceito são responsáveis por 90% dos sofrimentos humanos e a maioria das pessoas, indistintamente, convivem com estes sentimentos a vida inteira, alguns com muita normalidade e outros com algum grau de dificuldade. A timidez é determinada pela forma como o tímido reage aos seus sentimentos e à sua exposição no meio social.

Nossos medos são projeções mentais formuladas a partir de experiências dolorosas no passado (tenha sido essa experiência real ou imaginária). O desejo de não sentir novamente a mesma sensação cria uma espécie de barreira intelectual/emocional, que nos impede de agir ou reagir racionalmente quando o fato se reapresenta na nossa vida. Isso “desarranja” o nosso sistema nervoso e desencadeia todo um conjunto de reações bem características, como suor frio, aumento do batimento cardíaco, tremores etc., embora, quase sempre, nada aconteça além desses desconfortos.

Todo mundo tem medos, uns mais, outros menos, mas isto não quer dizer que pessoas que lidam melhor com seus medos e suas inseguranças sejam superiores às outras. Apenas não foram afetadas da mesma maneira e aprenderam a coordenar as ações internas, de forma a escapar com confiança e segurança das armadilhas emocionais, que congelam o comportamento humano através de reações reflexas e involuntárias.

A ansiedade tem a ver com a qualidade e a intensidade das nossas expectativas em relação ao meio, às coisas e às pessoas à nossa volta. Ela resulta da não-aceitação do fato de que somos impotentes para modificar o rumo de certos acontecimentos. Isto cria conflitos entre a nossa vontade e a realidade à nossa volta, trazendo frustração e dor.

Preconceitos são crenças pré-estabelecidas e julgamentos imprecisos, criando barreiras intelectuais herdadas ou construídas a partir de falsos juízos. Eles surgem porque todo ser humano acha que precisa ter explicações para todas as coisas que os sentidos percebem.

A timidez é um estado de ansiedade deflagrado a partir dos nossos medos e preconceitos, principalmente com relação à imagem das outras pessoas. Quando modificamos a imagem dessas pessoas (substituindo um preconceito por um novo conceito, mais coerente e consistente), esse medo deixa de ter sentido.

Na Sadhana Comunna Metamorfose, o poder que pode transformar uma pessoa é o conhecimento adquirido através da convivência com novas realidades, substituindo algumas “idéias” pré-concebidas por outras, articuladas com base na confiança e no suporte que recebem, para se permitir viver novas aventuras, sem a expectativa de resultados ou julgamentos. Os benefícios são imediatos.

No mundo, há pessoas altas, baixas, gordas, magras, carecas, faladeiras, cultas, displicentes, com piercing, sem piercing, que usam terno, que usam jeans, que se expõem ou se preservam, religiosas ou não, observadoras, extravagantes, tímidas, politizadas, ignorantes, discretas, indiscretas, gananciosas, curiosas, habilidosas, felizes, amarguradas, perdulárias, fofoqueiras, excêntricas, que gostam de esportes, que gostam de música, que gostam de tudo, que não gostam de nada.

Olhe à sua volta e você verá todo tipo de gente. Algumas se parecem comigo, outras se parecem com alguém, outras não têm ninguém parecido… Gente assim como a gente, que sonha, tem desejos, esperanças, virtudes e defeitos, e que são poetas, cientistas, rezadeiras, solidários, egoístas, fanáticos, fortes, fracos, doutores ou não, que cantam, dançam, gritam, choram, esperneiam, têm calo, caspa, azia, unha encravada…

São tantas as diferenças que é impossível encontrar duas pessoas absolutamente iguais; cada uma tem seu tipo, seu jeito, suas manias, seus defeitos e suas virtudes. Ninguém melhor, ninguém pior; todas são diferentes, todas são especiais. Por isso, tentar copiar um “padrão de qualidade” estabelecido seja lá por quem for é o mesmo que negar sua importância diante do mundo. Afinal, são justamente as nossas diferenças que nos fazem únicos.

Sem essas diferenças, perdemos a nossa identidade. São bilhões de seres humanos espalhados pelo mundo e ninguém possui a sua assinatura particular, ninguém tem um par de olhos como os seus, sua impressão digital, o DNA dos seus cabelos. O seu animal de estimação é capaz de identificar o seu cheiro mesmo em meio a um estádio de futebol lotado de torcedores fanáticos e fedorentos. Seu animalzinho sabe que o odor do seu corpo é único e especial no mundo inteiro… Qual o valor que isso representa para você?

Portanto, não queira ser igual a ninguém. Apenas, melhore e aprimore ainda mais as suas qualidades e diferenças.

A pergunta crucial que acompanha o tímido é a seguinte: “o que vão pensar de mim?” Esta preocupação com “o que os outros vão pensar”, é muito parecida com a sensação do medo comum, aquele medo que as pessoas têm de barata, quarto escuro, alma penada etc. É a preocupação com o perigo, com o mal que pode acontecer. Acontece, entretanto, que toda preocupação, seja ela com o que for, é uma projeção fantasiosa que quase sempre carece de lógica; é coisa só da imaginação. Porém, mesmo sendo fruto da imaginação, é real, existe de fato na nossa mente.

“A imaginação é mais poderosa do que o raciocínio”

Albert Einstein

Todos os nossos medos têm a mesma origem. Aliás, a sensação de medo é própria dos animais (cérebro reptiliano). É o medo que garante a sobrevivência das espécies; é ele que faz aumentar a produção de adrenalina e nos prepara para o combate ou para a fuga diante do perigo. Se o homem não sentisse medo, não sobreviveria. Todas as pessoas sentem medo, todas. O importante é aprender a manter esse medo sob controle, sem valorizar a fantasia ou a imaginação sabotadora e destrutiva, não deixar a imaginação criar mais do que deve.

Através dos Grupos da Alquimia do Amor, na Sadhana Comunna Metamorfose, as pessoas que se acham tímidas podem aprender que existem várias maneiras para controlar e até mesmo superar a sua ansiedade, com o suporte emocional e a confiança que são produzidos nas atividades em grupo.

Conheça e participe das atividades da Sadhana Comunna Metamorfose. Sua vida irá se transformar!





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